Sim, Pedro!
Falávamos a mesma linguagem –
a do silêncio,
esta que só as almas gêmeas conseguem decifrar.
Dois corações batiam no mesmo ritmo,
o ritmo da paixão que nos unia.
Eu era a menina-neta que cortejava o mundo ainda tão timidamente.
E tu... Ah, tu já havias te tornado avô inúmeras vezes
e para mim eras um universo de vida.
Falavas a língua alemã com perfeição – quando falavas.
Belo, belo... é o passado, meu querido avô!