23 novembro 2015

Felicidade

A felicidade está aqui, pertinho de mim, junto a nós... É um sentimento, um estado da alma. Ela percorre nossas veias e alcança o coração, enchendo-o de júbilo e de bem- estar. A alegria é uma essência de ventura. É preciso que a usemos várias vezes ao dia em receitas variadas, de modo que, possamos viver melhor. É uma fórmula inventada para aperfeiçoar o nosso espaço, é necessário saboreá-la. A felicidade se apresenta, na verdade, através de pequenos mimos que, de forma meticulosa, nos são ofertados. O contentamento está em centenas de coisas que bordejam a nossa esfera, podem ser abstratas ou evidentes. A felicidade pode ser silenciosa e serena como as águas de um lago ou tempestuosa, como uma chuva de verão. Ela se esconde num olhar, num sorriso, num gesto ou num abraço inesperado. É flor, é criança, é música e... o doce soar de uma palavra.


14 novembro 2015

Poeminha

Quando assim... tingida
banhada de luz,
a folha
parece uma estrela.
Cadente. 

13 novembro 2015

Dia de buquê

Eu amo a sexta feira. 
Ela traz consigo uma alegria antecipada. 
É sempre véspera, sempre espera, sempre promessa. 
A sexta nos aproxima de dias livres, de horas diferentes,
ela compõe o tempo em que podemos fazer o que gostamos.
Ler, passear, descansar, encontrar com os amigos
cozinhar algo especial, ou, simplesmente, 
cuidar de nós, colocar o pensamento em dia,
repensar, decidir.
E sonhar! 

E para celebrar - um pequenino buquê,
um origami em forma de coração
e cogumelos em miniatura.
Precisa mais? 



01 novembro 2015

Flores no outono

Cair da tarde. O sol está se pondo, desnudando sua beleza em imponderáveis proporções. Alonga-se pelos jardins e terraços, enquanto espalha sua tranquila e embaçada luz por sobre o mundo. É belo o que vejo, feito uma obra de arte. É como se Cézanne tivesse pintado em espessa tinta, os vivos contrastes das cores. Sinto a calma que se apodera nesse entardecer já quase dourado, da paz saliente que o momento concede. As sombras - espacinhos escuros – estão cobertos de brisas e de silêncios. 










Janelas

A minha janela não tem cortina nem veneziana. Ela é transparente e por ela posso ver a rua, as janelas dos vizinhos, a planta trepadeira que cresce nos tijolos das casas e as crianças a brincar. Livre, sem obstáculos, vejo os telhados de ardósia, os pássaros, a fumaça das chaminés e as nuvens lá no céu. Janelas são como obras de arte. São paisagens, onde o sol desenha sua luminosidade, onde árvores, arbustos e flores se vestem de forma peculiar para cada ciclo. Através de minha janela meu pensamento voa, alcança milhas e eu imagino outros lugares. Então a paisagem adquire variadas formas e cores. Eu as modifico então... regida pela saudade e pela falta que um outro mundo me faz. Janelas alimentam a alma. São olhos que me permitem sonhar.